16.3.06

Tempo no tempo e fora de tempo


Eu sempre me perco no tempo quando paro, penso e tento entender o que me faz ser o que sou. Tanta filosofia e tão poucas explicações lógicas para tantas perguntas, dúvidas, reflexões, divisões e algumas soluções plausíveis. E eu acabo sempre planejando e quase nunca efetivamente transformando o planejamento em prática, já nem quero mais vírgulas. Às vezes alguns pontos como pequenas pausas respiratórias.
Me coloco próximos ao abismo, é esse o momento chave, ainda assim eu já nem sei se quero ou não.
Não me agrada tanto expor pensamentos íntimos, às vezes desmedidos, outras tantas tresloucados de crises pouco compreendidas. Até que se torna uma conversa, só assim consigo pensar que tudo pode descomplicar. E penso de onde vem esse prefixo que desfaz o feito. O real perde sentido e a dúvida me envolve, como num baile, desses de música calma e ao mesmo tempo eletrizante, que invade a alma e chama para dançar. E no bailado quem ser perde e quem se encontra, pouco importa. Mas se o ponto chave é decidido tudo pode ser desmistificado. O tal pre-fixo é imprescindível nesses tais momentos.
Com o tempo ao meu lado, mas nem sempre a meu favor, eu vou tentando encontrar a saída do labiritindo de grandes paredes de pedras e belos jardins, onde deixar se perder no tempo talvez seja a solução.
...Penso que o tempo sempre quis me devorar
Me perco nesse tempo... (Ira!)

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