26.12.06

O dia em que o frio virou calor.. e fez chover.

Fui vencida pelo cansaço... já faz oito dias que eu digo e repito.. vou falar de coisas sérias... Mas me falta paciência. Acho que é culpa do trabalho diário.. afinal eu tenho que culpar alguma coisa.. ahahahahaha!!
Então.. eu nem tenho sentimentalidades para falar.. ando meio abusada.
Voltei aqui só para dizer que já era série sobre o cotidiano.. meu negócio é falar besteira. Pronto!
E hoje acordei com enxaqueca.. hunfp!! Sem graça.. ser obrigada a ficar deitada no escuro esperando o tempo passar!
Sim.. como foi o Natal de vcs... leitores do meu estimado bloguinho.. O meu. Bem.. comi salgadinhos... tomei coca cola.. ceeei perto da 0h.. encontrei amigos antigos e novos.. joguei conversa fora como de costume e .. cama. Eh isso.. o básicão de sempre..
E hj enquanto eu esperava a enxaqueca ir embora eu lembrei dessa mesma época no ano passado.. por sinal.. foi exatamente nessa época natalina que eu aprendi a esperar.. aprendi que até o tempo precisa de tempo. Entao.. enquanto no ano passado eu comi um sanduíche de atum com coca cola, estava com duas malas pesadas e uma dezena de casacos e passando um frio danado.. sim.. com amigos que ficarão para todo o sempre. No último domingo estava eu... quase sem roupa..a vinte e poucos graus centígrados tomando coca cola (incrível.. ela está em todas)... convrsando besteiras e dando o mesmo tempo ao tempo.

O quanto eu te falei que isso vai mudar
Motivo eu nunca dei...
Você me avisar, me ensinar,
falar do que foi pra você, não vai me livrar de viver!
Quem é mais sentimental que eu?!
Eu disse e nem assim se pôde evitar...
De tanto eu te falar, você subverteu
o que era um sentimento e assim fez dele razão...
pra se perder no abismo que é pensar e sentir

Ele é mais sentimental que eu!
Então fica bem... ...se eu sofro um pouco mais...
"Se ele te fala assim, com tantos rodeios, é pra te
seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você
ouviria displicentemente.
Se ele te fosse direto, vocêa rejeitaria."

Eu só aceito a condição de ter você só pra mim
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir... e rir.

Sentimental.. Los hermanos.

Listo... agora pode dar o Ctrl C + Ctrl V.. sem subverter.


SERVIÇO:
Teatro mágico.

18.12.06

Todo dia.

Cheguei cedo... li os três jornais locais, além de dois "nacionais". Tudo isso para escolher um tema decente a ser pautado na primeira discussão-monólogo da série Cotidiano, do blog. Que tem data para começar... hoje.. mas não tem data para terminar.
Pensei em "falar" sobre algo natalino.. a pobreza das pessoas que vivem temporariamente às margens do canal lá perto de casa, mas eu tô sem paciência para falar sobre isso. Depois vem o caso Denny Oliveira (com algum atraso), a vitória do Internacional no mundial de clubes... e outros temas mais locais - morte de um porteiro. Supeito: um morador do prédio.
Como uma blogueira fracassada que sou... prefiro falar de sentimentalidades, mas vou me esforçar para mudar o foco.. vamos lá. Hoje nao.. amanhã, sem falta, a gente conversa sobre cotidiano. certo?! Ai já estou eu aqui... atrasando tudo.

Só para musicar a série.

Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã
Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher
Diz que está me esperando pro jantar
E me beija com a boca de café
Todo dia eu só penso em poder parar
Meio dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão
Seis da tarde como era de se esperar
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão
Toda noite ela diz pra eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pra eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor
Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã

SERVIÇO:
Cotidiano - chico.

15.12.06

eu.ele.

Eu sorrio
Ele só ri

Eu pisco
Ele titubeia

Eu hesito
Ele excita

Eu respiro
Ele suspira

Eu disfarço
Ele só farsa

Eu insisto
Ele resiste

Eu persigo
Ele persiste

Eu procuro
Ele foge

Eu corro
Ele voa

Eu avisto
Ele à vista

Eu paro
Ele repara

Eu charme
Ele mais

Eu volto
Ele envolve

Eu noto
Ele anota

Eu viro
Ele revira

Eu encaro
Ele descara

Eu retorno
Ele retoma

Eu aproximo
Ele distancia

Eu penso
Ele devaneia

Eu reflito
Ele ilumina

Eu sussurro
Ele se surra

Eu atrevo
Ele atrevido

Eu aliso
Ele realiza

Eu cheiro
Ele exala

Eu abraço
Ele encasula

Eu domino
Ele indomável

Eu caso
Ele descaso

Eu acaricio
Ele derrete

Eu avanço
Ele avançado

Eu perscruto
Ele confidencia

Eu fascínio
Ele sabe

Eu proponho
Ele proposta

Eu flutuo
Ele levita

Eu cama
Ele travesseiro

Eu ardor
Ele amor

Eu pele
Ele repele

Eu boca
Ele desboca

Eu lábios
Ele deleita

Eu cadência
Ele disritmia

Eu nervo
Ele relevo

Eu suor
Ele saliva

Eu delírio
Ele colírio

Eu descontrole
Ele perdição

Eu vontade
Ele impulso

Eu malícia
Ele lascívia

Eu vassalo
Ele feudo

Eu escravo
Ele engenho

Eu carícia
Ele submisso

Eu desejo
Ele deslize

Eu nirvana
Ele sacana

Eu vulcão
Ele emoção

Eu silencio
Ele gemido

Eu brisa
Ele praia

Eu espírito
Ele médium

Eu pássaro
Ele horizonte

Eu olhar
Ele paisagem

Eu mar
Ele tempestade

Eu versos
Ele poema

Eu estrofe
Ele liberdade

Eu paixão
Ele saudade

Eu vida
Ele eternidade

Eu...fim
Ele...em mim

Texto: Tiago Barbosa.
Adaptação: minha.


------ coloquei esse texto pra fechar a série... Agora vamo deixar a coisa séria. e falar da cidade. do ar. do mar. sem poesia. vírgulas em seus devidos lugares. com pontos nos finais. ------------


SERVIÇO:
Eu nem sei se já sugeri isso aqui um dia.
O caruaruense.. Junio Barreto.

12.12.06

Um dia .. o rei ganhou a guerra e não foi feiz..

Amo e ponto.
Não há como negar.


SERVIÇO
Ben Jor. Do cd escrito com lápis hidrocor seguido de mutantes que fica na porta do carro. Ah! do passageiro. No porta-treco. sabe!........

11.12.06

O estágio mais desejado...

Acordar no domingo e ler o artigo da Revista JC (Sexo@Cidade), de Flávia de Gusmão.. Foi tão animador... e saber que ela escreveu o que eu venho tentando sintetizar .. tudo.. resumindo. Eh isso.


Nova aula de antônimos

A gente é tão condicionado na infância que passa o resto da vida funcionando no automático. Lembram da aula de português? Especialmente daquela que fazia a gente passar e repassar os sinônimos e antônimos? Pois bem, condicionamento puro, que nos atrapalha no futuro. Antônimo de rico, pobre, de claro, escuro, de limpo, sujo, de seco, molhado, de amor, ódio. Ops, é nada. O antônimo de amor, por mais que nos tenham ensinado na escola, não é ódio, mas, indiferença.
Ódio é aquele gosto ruim na boca, que vários autores, não por acaso, já definiram como “travo”. Geralmente é a evidência física de que o corpo ainda não se livrou das toxinas que ficaram impregnadas na corrente sanguínea. Veneno introduzido pela forma subcutânea – a mais traiçoeira delas. Um emplastro colocado sobre a pele que – tal qual aquele adesivo recomendado para os que querem deixar de fumar – vai liberando aos poucos quantidades graduais de tudo o que ofende, tudo o que é porcaria, até que o corpo, saturado, passe a encará-las com repugnância, como a um inimigo. Ódio deixa um gosto metálico na boca. E é ruim, porque atrapalha o milk-shake, o cachorro-quente, a pipoca no cinema. Fica tudo com gosto de íon, seja lá que gosto íon tenha.
Ódio jamais poderia ser o antônimo de amor simplesmente porque um é tão onipresente, tão onisciente, quanto o outro. Quando odiamos uma pessoa da qual acabamos de nos separar parece que o universo conspira para fazer com que não só a gente esbarre com ela em todo o canto, como não faltam aqueles amigos que estão sempre prontos para nos reportar as últimas peripécias de sua vida. Quando amamos, o primeiro pensamento do dia – aquele mesmo antes de tirar a cabeça do travesseiro e esfregar os olhos – é para o objeto do nosso amor, com o ódio também, só que é um pensamento acompanhado por um leve alterar do ritmo cardíaco, uma espécie de extra-sístole, a arritmia causada, entre outras coisas, pelo estresse. Ódio estressa. Ódio é como café expresso tomado aos goles: bota pra marchar o sangue, dá uma leveza na cabeça, turva a vista, adormece o paladar. Assim como o amor.
Amor anda tão juntinho de ódio que muita gente reluta em largar um ou outro. Ódio deixa o corpo tão retesado quanto o gozo do amor. Mas incomoda, não deixa a gente ir à praia, não permite que a gente se jogue na pista de dança, esbravejando os refrões de Madonna. Com ódio, a gente não explode ao som de suas canções, a gente implode com elas:
“I don’t wanna hear, I don’t wanna know
Please don’t say you’re sorry
I’ve heard it all before
And I can take care of myself
I don’t wanna hear, I don’t wanna know
Please don’t say forgive me
I’ve seen it all before
And I can’t take it anymore”
A indiferença, esta sim, é o antônimo do amor. Porque ela é a negação espontânea daquilo que já vivemos um dia. Não conseguimos ser indiferentes quando assim decidimos, ou se é ou não se é. Caso contrário, é apenas ódio disfarçado. A indiferença só aparece depois que tudo deixou de existir, o amor e o ódio que passaram através da gente e fizeram um estrago danado. Ela é como um dia de semana quando não se precisa ir trabalhar e, ainda por cima, o sol está brilhando, a maré tá seca e não se tem hora para almoçar. Uma folga. Uma delícia. O ódio é como amor de malandro, a gente mantém ele junto mesmo que nos espanque e maltrate. Até o dia em que a gente realiza: eu não preciso disso. A indiferença é uma companheira sossegada, amiga da tranqüilidade e absolutamente incorruptível. Quando ela chega, nada mais nos abala: nem a ingratidão, nem a desfaçatez, nem as mentiras. Ela é, aliás, a única porta possível para o perdão. Indiferença nunca pode ser confundida com vingança, essa prima-irmã do ódio, ela só deveria ser sinônimo de um outro tipo de amor, o amor próprio.

SERVIÇO
The doors. Nunca mais tinha escutado.. Muito bommm!!!

6.12.06

1.12.06

Eu quero paz.

Paz, eu quero paz
ja me cansei de ser a ultima a saber de ti
se todo mundo sabe quem te faz
chegar mais tarde
eu ja cansei de imaginar voce com ela
diz pra mim
se vale a pena amor
a gente ria tanto desses nossos desencontros
mas voce passou do ponto
e agora eu ja nao sei mais

eu quero paz
quero dançar com outro par
pra variar amor
nao dá mais pra fingir que ainda nao vi
as cicatrizes que ela fez
se dessa vez ela é
senhora desse amor
pois va embora por favor
que nao demora pra essa dor
sangrar

O que leva uma pessoa a não dar paz. Mesmo querendo paz.. Mesmo não querendo brigar. Por favor! Porque tentar provocar essa dependência psicológica?! E será que isso é amor?! Obsessão? Medo de perder de vez o que na verdade já está perdido de vez?!
Estar com ela era a vontade de um garoto.. mesmo quando ele diz que não... e agora que estar foi consumado.. ele reclama e diz ter esperanças de um dia... quando novos tempos virão. E a moça enfezada diz: - Ah! Por favor! Faça dois... Deixe-me viver em paz e esqueça que um dia fomos um par.

Puf!! Ah. o amor... o sofrimento ... o caminho da decpção... a dor.. a decisão.. o sofrimento.. o esquecimento. O caminho tênue entre o amor e o ódio. A estreita linha que separa. A paz.


SERVIÇO:
Near To you. - Betty Harris.