30.9.10

Sim. A moda morreu


Não entendo de moda. Não sou profissional da moda, nem tenho um blog de moda, nem, tampouco, compro roupa, sapatos, acessórios ou afins toda semana (ainda mais nesse momento de falta quase absoluta de capital). Mas, essas últimas semanas me vi obrigada a comprar um vestido e outros apetrechos pra usar no casamento da minha irmã. E, como comprar por obrigação nunca foi meu forte, acabei passeando muito mais do que o normal pelos corredores de shoppings e galerias da cidade. Aproveitei também para visitar blogs de moda e tentar pegar umas dicas legais.

Só precisei de dois dias de caminhadas pelas lojas e navegadas na net para perceber que a moda morreu. A moda - que para uma leiga e mortal como eu, é algo que a pessoa pratica todo dia e toda hora, buscando comprar ou usar de acordo com seu humor, personalidade, vontade e, especialmente necessidade - morreu. Simplesmente porque, hoje, poucas pessoas fazem isso.

A grande maioria das mulheres (porque muitos homens ainda se ligam menos em moda), entrou numa barca furada de comprar pela epidemia de tendência e, por isso, parece que as marcas também se viciaram nesse joguete. Ou seria o contrário? Quem perde nesse jogo?! Então, diante dessas condições de homogeneidade passear no shopping e visitar boutiques (que palavra fofinha!) para ver as diferentes novidades, além de ser impossível, virou um programa entediante, já que está tudo IGUAL (só muda de preço e de marca)!

Ontem estava na moda uma sandália rasteira, hoje está na moda uncleboots (claro, a moda também adora nomes em inglês). Afinal de contas isso é trend! A situação é muito óbvia: num calor de quase verão recifense se você passear pelas ruas vai ver mulheres de botina, como assim?! Isso é falta de bom senso! Ontem, usar azul turquesa era brega. Hoje, é tendência. Por sinal, a tal Navy foi moda quando eu era criança e o nome era marinheiro. Aiai!

No incío dessa febre de tendências eu pensei “que legal! A moda está se reinventando!”, mas logo percebi que não é bem isso. A moda está morrendo e parece que ninguém está preocupado em fazer algo! As pessoas saem às ruas com as mesmas roupas. E isso tira a personalidade que cada uma tem e confunde também. Porque se dizem: “você é o que você veste”, se todo mundo se veste igual (umas com mais charme, outras com menos) significa que as pessoas parecem iguais. O que não é verdade! Isso é mesmo muito perigoso!

Porque as pessoas não têm mais opinião e gosto próprios. Mas andam de acordo com o ditado sei lá por quem e acham isso lindo. A mulher que não tiver um colete de rendinha, uma calça coton (que agora chamam de legging), uma uncleboot (nem sei se escreve assim), um batom vermelho, uma camiseta xadrez (isso ainda está na moda?!) e outros tantos itens ditos na tendência (e que são atualizados pelas empresas todos os dias) não existe nesse mundo. E é verão (detalhe é que aqui no Recife é verão o ano todo!) então use apenas floral e cores fortes, nunca, nunca mesmo preto e cinza!

Enfim, isso é apenas um desabafo de alguém que está cansada dessa ditadura da moda e que procura algumas peças que, por não serem tendências, não existem nas lojas (A propósito eu tô com medo de um dia extinguirem a boa e velha calça jeans e camiseta branca!). E toda essa reflexão não significa que não tenho uma peça chamada de tendência no meu pequenino guarda-roupa, mas que se viciar nisso e viver para todas as tendências - mesmo quando seu “íntimo” diz: “não gosto disso e não fico bem assim” – não é ser fashion, nem saber se vestir, mas ser refém desse processo do “tornar igual, global”. Isso é uma falsa globalização da moda!

Usar a moda a seu favor e não viver a favor da moda deveria ser comum, não o contrário. E viva a (não) moda!

22.4.10

... je ne dis rien ...

Taquipariu!
Hoje tá com cara de segunda-feira, mas ainda bem que amanhã já é sexta.. né?!

Atualização em baixa.. alvoroços dessa vida em alta!



SERVIÇO:
Tanghetto, só porque tem show deles no sábado.